Porto Alegre, RS, 01 de julho de 2015
Prezados irmãos e irmãs.
As redes sociais têm falado muito sobre a decisão da Suprema Corte americana, legalizando o casamento
civil entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. Paralelo a isso, movimentos dos grupos LGBT têm
se manifestado em nosso Brasil. Em meio a tudo isso, apareceu o nome “luteranos” apoiando o
casamento de pessoas do mesmo sexo. De fato, o nome “luterano” não é exclusividade da Igreja
Evangélica Luterana do Brasil (IELB). Vários grupos têm se identificado como “luteranos”. Isso não quer
dizer que todos aqueles que usam esse nome têm as mesmas convicções, o mesmo ensinamento e
professam a mesma fé.
A IELB é contrária à homofobia, à heterofobia e a todo tipo de preconceito. Deus ama o pecador e o ama
de tal maneira que, por causa dele, enviou o seu Filho Jesus Cristo ao mundo, para que se arrependendo
dos pecados e crendo nele, tenha a sua vida restaurada e seja salvo. É nesse sentido que nós, firmados
e fundamentados na Bíblia Sagrada, continuamos ensinando, defendendo e praticando o matrimônio
entre um homem e uma mulher, conforme nos diz Gênesis 2.24: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e
se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Essas palavras são repetidas e reforçadas por
Jesus no Novo Testamento, em Mateus 19.1-9 e Marcos 10.1-12. Essa união tem seu fundamento e base
na própria criação de Deus, conforme Gênesis 1.27: “...homem e mulher os criou”, e conclui em Gênesis
1.31: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” A obra de Deus foi perfeita e foi criada para
alegria e felicidade da sua criatura.
Então, por que a IELB não aprova o casamento entre pessoas do mesmo sexo? Porque Deus os fez
homem e mulher, e assim os criou para se completarem e realizarem o plano divino da criação. Agir de
forma diferente é ir contra a criação perfeita de Deus, é ignorar os desígnios de Deus, é desprezar o seu
conhecimento, conforme ele afirma em Romanos 1.18-32: “...as mulheres mudaram o modo natural de
suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens têm deixado o
contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sexualidade, cometendo torpeza, homem
com homem, ...”. Em 1 Coríntios 6.9 e 10, fala claramente que as pessoas que tais coisas praticam não
herdarão o reino de Deus. Por isso, quando perguntados a respeito, apenas respondemos: “Não
aceitamos o casamento entre pessoas do mesmo sexo porque é contrário à vontade de Deus”.
Por isso, querida Igreja, busquemos a ajuda de Deus para permanecermos sempre firmes e fiéis aos
princípios da Palavra de Deus. Não nos deixemos levar por vãs filosofias e ideologias humanas, mas,
sigamos o conselho do apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, em 2 Timóteo 4.1-5: “Conjuro-te, perante
Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a
palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e
doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres
segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos
à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as cousas, suporta as aflições, faze
o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”
Que o Espírito Santo nos capacite e fortaleça a vivermos e anunciarmos, sempre com amor, o que Deus
tem feito, em sua graça, por todos os pecadores.
Rev. Egon Kopereck
Presidente da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB)
www.ielb.org.br
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